A solidão pequena
- E. A. Meneghin
- 14 de ago.
- 1 min de leitura
Penso hoje na solidão. Não por acaso. Foi uma frase de minha mãe: "A solidão de seu avô é triste". Minha mãe não sabe mas o que ela chama de triste significa mortal. É a bússola movida a fé e ignorância, saber e não querer saber. Assim mesmo. Por capricho.
Embora sejamos bípedes, a verdade é que nossa solidão precisa de muitas mobílias para não cair para sempre no enigma. Ela é como um avô que precisa se apoiar em tudo que encontra pela frente na esperança de preservar os seus ossos.
Nessa hora é preciso cuidado. Alimentar uma solidão muito grande é como ser idoso em uma mansão de luxo. Por isso é preferível uma solidão pequena, porque não se pode competir com as estrelas quando se trata dos vazios do espaço.




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