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A solidão pequena

Penso hoje na solidão. Não por acaso. Foi uma frase de minha mãe: "A solidão de seu avô é triste". Minha mãe não sabe mas o que ela chama de triste significa mortal. É a bússola movida a fé e ignorância, saber e não querer saber. Assim mesmo. Por capricho.

Embora sejamos bípedes, a verdade é que nossa solidão precisa de muitas mobílias para não cair para sempre no enigma. Ela é como um avô que precisa se apoiar em tudo que encontra pela frente na esperança de preservar os seus ossos.

Nessa hora é preciso cuidado. Alimentar uma solidão muito grande é como ser idoso em uma mansão de luxo. Por isso é preferível uma solidão pequena, porque não se pode competir com as estrelas quando se trata dos vazios do espaço.


Augusto Meneghin, Sem título, aquarela e acrílica sobre capa de livro, 2024
Augusto Meneghin, Sem título, aquarela e acrílica sobre capa de livro, 2024


 
 
 

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Eduardo Augusto Perissatto Meneghin

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